FÓRUM III




Fórum de diálogo III. Fórum dos movimentos sociais: perspectivas e desafios atuais

O objetivo do fórum é o de estabelecer um diálogo com e entre os atores dos movimentos sociais, criando um espaço de troca e de socialização de suas práticas a partir da exposição dos desafios que enfrentam na atualidade.


5 comentários:

  1. Ontem participei da primeira sessão do “IV Seminário Interuniversitário: Terras indígenas e Crescimento econômico: Tempos de dúvidas e desafios” na qual se apresentaram alguns dos grandes problemas humanos, ambientais, econômicos, políticos, culturais, etc. envolvendo a demarcação de terras, as grandes obras de infraestrutura, a ofensiva brutal do capital vinculado ao agronegócio e às atividades do extrativismo de recursos minerais. Não se trata de um problema exclusivamente “indígena”: trata-se de um modelo de desenvolvimento que afetará de mil modos a qualidade de vida do povo brasileiro em geral. No sentido desde espaço de discussão, parece ser evidente que um desafio fundamental desta luta específica dos povos indígenas é a sua articulação efetiva com outros movimentos sociais, de modo a mostrar como, suas reivindicações, longe de representar uma demanda limitada de um grupo, representa, em certas e fundamentais dimensões, a defesa da qualidade de vida DE TODOS.
    Abs., Raúl - NPMS

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  2. Com relação especificamente à questão do avanço da mineração (inclusive tendo na pauta do Congresso um Novo Marco Regulatório da Mineração), o que ele aponta em termos de desafios aos movimentos sociais? Penso que ele abre um novo campo de confrontação socioespacial provocado pelo avanço da atividade de mineração sobre territórios tradicionalmente ocupados por quilombolas, indígenas, pequenos agricultores, ribeirinhos, etc; e esse campo envolve desafios inéditos aos atingidos que, atualmente, estão reunidos em torno do Comitê Nacional em Defesa dos Territórios Frente à Mineração justamente no sentido apontado por Raúl, o de unificar a luta para além dos localismos. Nesse sentido, uma questão importante é a definição da categoria atingido por Mineração.
    Creio que os próprios movimentos estão buscando construir respostas à essa questão através do referido Comitê, mas há uma articulação de um movimento de abrangência nacional e até internacional (veja o Movimento Meso Americano contra o Modelo Mineral - M4) que já está em articulação e o espaço tem se colocado como elemento chave para a construção dessa identidade evocando a água como elementar à reprodução da vida (o valor de uso mais importante que o valor de troca). Creio que por isso muitas das expressões dos movimentos contrários aos empreendimentos minerários evocam isso, por exemplo: em Minas Gerais existe a "Campanha Pelas Águas e Contra o Mineroduto da Ferrous" que traz como expressão chave "a água vale mais que o minério"; no México, temos os atingidos pela mineração de ouro, que da mesma forma tem a expressão "a água vale mais que o ouro". Talvez a questão dos recursos hídricos seja um elemento de construção de equivalências nas lutas ambientais contra a mineração.
    Abs., Lucas - NPMS

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  3. Olá gostaria de expor e levantar a temática da cannabis , de forma cientifica e para expor os ritos e passos que tivemos e temos para a organização do movimento cannabico no Brasil e em Especial em Santa Catarina, através da construção da Marcha da maconha e do Instituto da Cannabis , acho que seria muito rica nossa participação, uma vez que vejo este movimento social, com uma articulação diferente de outros movimentos sociais, uma vez que na marcha existem diversas corrente ideológicas contraditórias, mas que há anos se respeitam e se pautam pelo consenso. Seria muito válido esta discussão.

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  4. Ilse Scherer-Warren
    Através do projeto "Políticas de inclusão no ensino superior e na pesquisa e suas relações com os movimentos sociais e setores estratégicos da sociedade civil" temos pesquisado e debatido o tema com representantes dos movimentos sociais, movimento negro, movimento estudantil e outros. Temos interesse em ouvir as vozes e saber dos desafios que estão se colocando os movimentos locais, estaduais e em suas articulações nacionais e internacionais e, assim, dar continuidade a esse diálogo inter-institucional tendo em vista a construção de novos saberes emancipatórios.

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  5. Creio que posso dizer não somente em meu nome, mas junto com meus colegas, que ser membro do NPMS durante o período universitário ativa as lentes para perceber os inúmeros fluxos que moldam e transformam a sociedade, que desenham a história. Essa percepção nos deixa motivados para aprimorar, cada vez mais, nossas capacidades de ler, traduzir e atuar no mundo. É um grande prazer ver um pouco do IV Seminário do NPMS, ainda que seja via internet - e uma importante decisão compartilhar isso com os que não puderam estar presentes! Parabéns aos organizadores dessa Quarta Edição! Parabéns ao NPMS por seus 30 anos!

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